segunda-feira, 27 de agosto de 2012

VIVENDO DE APARÊNCIAS.



O meu semblante risonho
Não mostra a realidade
Nem transparece a saudade
Que alimenta o meu sonho
O meu sofrer é tamanho
Mas não posso reclamar
Minha dor tento ocultar
Sempre me mostro contente
A dor que meu peite sente
Meu riso não quer mostrar

Por trás de minha feição
Está o meu sofrimento
Mas eu não tenho argumento
Para tomar decisão
Somente o meu coração
Procura extravasar
A boca tenta calar
Porém ele é existente
A dor que meu peite sente
Meu riso não quer mostrar

Meu olhar hoje está  triste
Minha face é enrugada
Até mesmo a minha amada
Dos meus carinhos desiste
O amor já não existe
Ela quer me abandonar
Nunca mais quis me amar
Hoje sou um homem carente
A dor que meu peite sente
Meu riso não quer mostrar

Vou vivendo de aparência
Nesse mundo de ilusão
E somente a solidão
É quem de mim tem clemência
Essa minha existência
Nem é bom eu revelar
Quem me ver a gargalhar
Pensa que eu estou contente
A dor que meu peite sente
Meu riso não quer mostrar

A sorte me abandonou
Eu ainda era menino
Nas estradas do destino
O meu carro capotou
Depois meu anjo chegou
Disse eu não pude evitar
Você tinha que passar
Na vida esse acidente
A dor que meu peite sente
Meu riso não quer mostrar

Essa máscara no meu rosto
É quem esconde os meus ais
E o desprezo dos meus pais
No meu coração foi posto
Hoje eu choro de desgosto
Por eles me abandonar
Ninguém quis me adotar
Por eu ser feio e doente
A dor que meu peito sente
Meu riso não quer mostrar

Bem no íntimo no meu ser
Eu procurei ser feliz
Mas a sorte não me quis
Eu nada pude fazer
Na luta para viver
Foi preciso até roubar
Quem tentou me incriminar
Foi quem era meu parente
A dor que meu peito sente
Meu riso não quer mostrar

Sou do mundo um excluído
Vivo sem ter alegria
E na luta do dia a dia
Eu não sou compreendido
Sou da família esquecido
Ninguém vem me procurar
Se um dia eu faltar
Não chora nenhum vivente
A dor que meu peito sente
Meu riso não quer mostrar

AUTOR: DAVI CALISTO NETO.








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