sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

                                                            Mote: Luzenir Fernandes

Escreveu: Davi Calisto.
O sertanejo sem vez
Numa luta desigual
Vivendo sem capital
Sendo do rico freguês
Pois o homem camponês
Vive na submissão
Visto só em eleição
Quando ele está votando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
O sertão discriminado
Sofrendo danos e percas
Castigado pelas secas
Com o seu povo humilhado
Sem político do seu lado
Pra fazer intervenção
Vivendo sem opção
Do que está se passando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
O grito do sertanejo
Pedindo até por clemência
Que tenha mais assistência
Até hoje isso eu não vejo
Esse é o meu desejo
De ajudar meu irmão
Vamos dividir o pão
De quem o pão está nos dando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
Muita coisa já mudou
Isso vejo com clareza
Mas falta o pão na mesa
De quem tanto trabalhou
Revoltado hoje eu sou
Com essa descriminação
Pra que tanta divisão
Com quem está trabalhando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
Fica aqui o meu protesto
Para os nossos dirigentes
Por se acharem diferentes
Sem fazer parte do resto
É isso que eu contesto
Com muita indignação
Só fazem corrupção
Isso eu venho observando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão

Roberlando Oliveira, Aluísio Mesquita e outras 9 pessoas
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                                                                   Importância da Vacina: 

                                                                     Escreveu: Davi Calisto  

Até que em fim a vacina
Chegou pra nós confortar
Pra combater a covid
Que veio para matar
Agindo no mundo inteiro
Esse vírus sorrateiro
Tem ceifado muitas vidas
A ciência determina
Que se tome essa vacina
Quando for distribuídas

Vidas que foram perdidas
Deixaram dores e ais
A covid dezenove
Tem matado até demais
Desafiando a ciência
O vírus tem resistência
Provocando mutações
Mudando a cada segundo
Tem desafiado o mundo
Nas suas transformações
Nas minhas reflexões
Eu estou me perguntando
Porque essa pandemia
Está o mundo mudando
Um prenúncio do final
Que vem combater o mal
Que tem a humanidade
Será castigo de Deus
Para mostrar os ateus
Da sua autoridade

Não haverá liberdade
Diante da pandemia
O mundo está isolado
Ninguém tem mais alegria
Só nos resta lamentar
Sem ter como trabalhar
O vírus da fome vem
Se a covid não matar
A fome vai devorar
Não vai escapar ninguém

Roberto Oliveira, Roberlando Oliveira e outras 14 pessoas
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                                                             Mote: Charles Sant'Ana

Escreveu: Davi Calisto
Alcei voo pelo espaço
Me sentindo livremente
Dando expansão a mente
Superando meu cansaço
Em busca de um abraço
Que me causasse amizade
Pra que a felicidade
Diminuísse o tormento
Voei nas asas do vento
Procurando a liberdade

No espaço sideral
Bati as asas e voei
E no espaço encontrei
O mais lindo madrigal
Não encontrando rival
Nessa grande imensidade
Voei com intensidade
Sem forçar o pensamento
Voei nas asas do vento
Procurando a liberdade

Como águia no pináculo
Planei na imensidão
De cima eu tive a visão
Do mais bonito espetáculo
Na força de meu tentáculo
Eu senti seguridade
Sem sofrer ansiedade
Esqueci o meu lamento
Voei nas asas do vento
Procurando a liberdade
O vento foi quem me fez
Eu voar pelas alturas
Em busca de aventuras
Para ter mais altivez
Sem do mundo ser freguês
E ter mais autoridade
Na minha autenticidade
Mostrar o meu livramento
Voei nas asas do vento
Procurando a liberdade


sábado, 9 de janeiro de 2021


                                Mote Isaias Moura: Beijei a face dos anos/Recordando a mocidade  

                                                              Escreveu: Davi Calisto Neto.

O tempo passou por mim
Deixando dor e sequela
Minha mulher que era bela
Chora por me ver assim
As flores do meu jardim
Não tem mais utilidade
Minha força de vontade
Hoje só tem desenganos
Beijei a face dos anos
Recordando a mocidade
A minha face enrugada
Os meus cabelos estão brancos
Meus sorrisos que eram francos
Tem a cor amarelada
Está curta a caminhada
Ando com dificuldade
Tenho pouca agilidade
Diminuiu os meus planos
Beijei a face dos anos
Recordando a mocidade

Um tempo bom que passou
Onde eu vivi feliz
Mas a velhice quis
E meu rosto transformou
Os sonhos que me restou
Não tem mais veracidade
Me falta capacidade
Por eu ser um dos decanos
Beijei a face dos anos
Recordando a mocidade

Sinto saudades demais
Dos meus tempos de criança
Ficou na minha lembrança
Os meus dias joviais
Sem poder voltar atrás
Aumenta a ansiedade
Me falta felicidade
Sem ser mais um dos moicanos
Beijei a face dos anos
Recordando a mocidade

O tempo como um algoz
Transformou a minha vida
A minha infância querida
Para mim passou veloz
Hoje eu escuto uma voz
Gavando a terceira idade
Mas eu não vejo bondade
Nos gestos desses tiranos
Beijei a face dos anos
Recordando a mocidade