sábado, 25 de agosto de 2012

A MORTE DE UM FURA BARREIRA

Eu saí devagarinho
Com a baladeira na mão
Parei numa posição
Bem na beira do caminho
Avistei um passarinho
Estiquei a baladeira
Com pontaria certeira
Vi uma vida ceifada
Devido aquela pedrada
Matei um fura barreira.

Aquela ave estava
Trabalhando com carinho
Para construir seu ninho
Uma barreira furava
E eu uma fera brava
Fiz uma grande besteira
Eu usei uma maneira
Maldosa e atrevida
Talvez pague pela vida
Daquele fura barreira.

Saí dali comovido
Pelo ato praticado
Com um remorso pesado
Pelo pássaro ter morrido
O corpo dele estendido
Todo sujo de poeira
Aquela ave altaneira
Não canta mais certamente
Ainda trago na mente
Aquele fura barreira.

AUTOR: BENEDITO OLIVEIRA,
 POETA DO SÍTIO VIRA MUNDO.


Um comentário: