domingo, 1 de março de 2020


                                                         Mote: Ronaldo Cunha Lima.
                                                           Escreveu: Davi Calisto.

Ao perder seu amor que me conforta
Eu saí pra busca o que me resta
Para ela eu fiz uma seresta
E cantei uma canção na sua porta
Por estar com a esperança quase morta
Mesmo assim esperava um resultado
Mais uma vez fui por ela desprezado
Que de mim nunca teve compaixão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

Eu saí pelas ruas solitário
Pra rever um amor que foi perdido
E por eu me encontrar desiludido
Procurei não fazer nada ao contrário
Eu de fato não sou um ordinário
Mais por ela jamais fui perdoado
Sem ter crime tornei-me um condenado
E fiquei entre as grades da prisão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

Quando a lua surgiu eu me inspirei
Com seu brilho e também com sua cor
Na calçada eu cantei pra meu amor
Nessa noite tristonha eu chorei
E diante de tudo que eu passei
Nem se quer fui por ela cortejado
Eu que fui seu primeiro namorado
Esperava obter o seu perdão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

Entre nós existia um instrumento
Causador dessa minha desventura
Violão que faz parte da cultura
E também consolou meu sofrimento
Foi a ele que eu fiz um juramento
De jamais me tornar um derrotado
O amor que eu perdi foi superado
Eu não quis comentar essa cisão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

Seus acordes me trazem alegria
Ele é meu eterno companheiro
E sem ele eu não sou um seresteiro
Que hoje troco a noite pelo dia
Sou parceiro de sua melodia
De um amor que eu fui subjugado
Ele é quem me tem acompanhado
Me ajudando esquecer essa paixão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

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