segunda-feira, 26 de novembro de 2012

" A NOSSA FAUNA"



Como é que o peba respira
Dentro de um buraco fechado
O cachorro ao farejá-lo
Logo trabalha acuado
Sem GPS e radar
Sabe a onde o peba estar
Pelo seu faro aguçado

O servo é desconfiado
Por ser vítima do felino
Deus lhe deu velocidade
Mesmo sendo pequenino
Sua pele tem beleza
Mesmo com tanta destreza
Não se livra do destino

O gavião tem fascino
Na hora da emboscada
Só ataca de surpresa
Com sua garra  afiada
Já nasceu com esse extinto
Adora pegar o pinto
Que se afasta da ninhada

A raposa é viciada
Seu cardápio é a galinha
Escondendo-se do cachorro
Procura atacar sozinha
Tem a visão aguçada
Embosca na madrugada
Pra comer de manhazinha

A cascavel se encaminha
Para atacar de surpresa
Quem for mordido por ela
Não tem chance de defesa
Seja grande ou pequeno
Quem mata é o seu veneno
Que ela tem no pé da presa

Como dono da beleza
O pavão se apresenta
Sua cauda colorida
Como um leque se ostenta
Quando abre nos encanta
Porém quando ele canta
A todo mundo atormenta

A galinha se alimenta
Bicando de grão em grão
Sua carne é saborosa
E nos dá satisfação
É destaque nos banquetes
Não vive nos palacetes
Só que saber do lixão

O profeta é o carão
Que canta de madrugada
O seu grito é estridente
Não parece uma toada
Do urubu veste o terno
Canta avisando o inverno
Sem ter viola afinada

A hiena dar risada
Quando está atacando
Alimenta-se das carcaças
Que os leões vão deixando
Pra caçar não se aperreia
Vive da desgraça alheia
Para ir se alimentando

O tamanduá abraçando
Fica difícil soltar
O seu fucim é cumprido
Pra ele se alimentar
Não acha a vida ruim
Alimenta-se de cupim
Sem de nada reclamar

Fedorento é o gambá
Sua arma é a urina
Esse líquido lhe protege
Queima igual a gasolina
É também marsupial
Ela a ninguém faz o mal
Mas todo mundo abomina

Vivendo dentro a campina
João de barro é pioneiro
Não freqüentou faculdade
Mas também é engenheiro
Não tem caçamba nem carro
Faz sua casa de barro
Como se fosse um pedreiro

Nas galhas do juazeiro
O camaleão se soca
Dependendo do lugar
A sua pele ele troca
Com essa metamorfose
Não explica se é osmose
Ou espírito que ele invoca

Interessante é a foca
Também gosta de jogar
Na ponta do seu focinho
Uma bola equilibrar
Sem ter perna e sem ter mão
Faz isso por diversão
E para o dono agradar

E a baleia no mar
Com sua soberania
O maior dos animais
É isso que se anuncia
É difícil acreditar
É peixe e dar de mamar
Para alimentar a cria

Eu admiro é a jia
Com seu zabumba no peito
Só usá-lo no inverno
Na seca perde o efeito
Tem a sua intuição
Nunca canta no verão
Por dele ter preconceito

O macaco é sem respeito
Gosta de pornografia
No circo ele é trapezista
Na floresta ele é vigia
É um animal complexo
Ele adora fazer sexo
Faz isso por regalia

A porca quando dá cria
É difícil de contar
Apesar de ser pequena
Muitos filhotes ela dar
A sua cama é o chão
Mesmo sem ter instrução
A todos da de mamar

O cavalo ao relinchar
Mostra seu potencial
Tem respeito pelas as filhas
No seu ato sexual
Vem de longe a sua origem
Respeita quando ela é virgem
Mesmo ele sendo animal

AUTOR: DAVI CALISTO NETO.







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