Sou como uma folha seca
Que o vento sopra do chão
Se eu tenho o que oferecer
Tenho status de patrão
Se
não tenho utilidades
Ninguém
me dar atenção
Ninguém
quer me dar razão
Se
eu estou desprotegido
Sem
dinheiro e sem poder
O
ser humano é perdido
Sem
coração e sem alma
Sem
caminho a ser seguido
No
mundo dos desvalidos
O
amor mantém distância
O
valor é pra quem tem
O
dinheiro em abundância
Entre
o ter e o não ter
Existe
essa discrepância
Nesse
mundo de ganância
Onde
só vale quem tem
O
pobre é considerado
Como
lixo de armazém
Embora
ele leve a vida
Somente
fazendo o bem
Quem
olha pra quem não tem
Dele
sente piedade
Mas
não lembra de ajudá-lo
Nem
com o décimo da metade
Do
dinheiro que ele gasta
Somente
com vaidade
Sem
poder ter liberdade
Defende
a Democracia
Um
sistema de governo
Que
ele viu falar um dia
Que
mesmo ele sendo pobre
Podia
ter regalia
Porém
a hipocrisia
De
quem governa o país
Em
defesa dos corruptos
A
um palmo de seu nariz
Impede
que quem trabalhe
Possa
se sentir feliz
No
peito uma cicatriz
De
sofrimento e de dor
Uma
pátria mal amada
Construída
com amor
Com
o sangue e o suor
Do
nosso trabalhador
Mal
amada, sim senhor
Pelos
políticos ladrões
Pois
nossos trabalhadores
É
tido como vilões
Construindo
um Patrimônio
Sem
direitos a divisões
São
essas observações
Que
eu tinha para fazer
Em
um Brasil do futuro
Eu
ainda quero crer
Quando
estiver na cadeia
Os
ladrões que agente ver
AUTOR: DAVI CALISTO NETO
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