Poesia
é sentimento
Que
o poeta tem que ter
Não
é somente escrever
Que
revela o seu talento
Precisa
ter argumento
E
rimar com muito esmero
Sem
saber eu não tolero
Tem
que ter ido a escola
Eu
sou cupim na viola,
Dos poetas nota zero.
Dos poetas nota zero.
Não
invente de cantar
Se
você não é poeta
Porque
essa dialética
Ninguém
consegue falar
Não
pense que só rimar
Porque
o verso eu tempero
Se
gaguejar eu não quero
Pois
a mim ninguém enrola
Eu
sou cupim na viola
Dos
poetas nota zero
Não
cante sem argumento
Pra
não ter decepção
E
sujar a profissão
Como
se fosse excremento
Se
você não tem talento
Pelo
menos seja austero
É
isso que eu considero
Bote
na sua cachola
Eu sou cupim na viola
Dos
poetas nota zero
Eu
não nasci pra cantar
Mas
meu talento é notório
Quem
ler o meu repertório
Começa
a mim admirar
Eu
já pude constatar
Que
escrevo o que eu quero
Eu
ajo igualmente a Nero
De
quem de mim se isola
Eu sou cupim na viola
Dos
poetas nota zero
Eu
admiro quem canta
Versando
de improviso
Tirando
do seu juízo
Essa
magia que encanta
Essa
musa sacro-santa
Eu
vejo com muito esmero
Como
poete eu espero
Que
ela não seja carola
Eu
sou cupim na viola
Dos
poetas nota zero
Eu
sou cupim na madeira
Que
se alimenta e engorda
Sou
a ferrugem na corda
Da
quinta até a primeira
Sou
da serra a cordilheira
E
o canto do quero-quero
O
ferro que eu tempero
O
esmeril não amola
Eu sou cupim na viola
Dos
poetas nota zero
AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
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