quarta-feira, 8 de agosto de 2012

NA MATEMÁTICA DA VIDA


Na hipotenusa do ângulo
Faça a minha trajetória
No cateto adjacente
Preservo a minha memória
Pra que o catete oposto
Não desfaça a minha história
                  
Sem diminuir a glória
De Aristóteles e Platão
No segmento da reta
Eu não tenha divisão
Pra que meus objetivos
Não sofram subtração
                  
No X da equação
Eu vou buscar igualdade
Pra  que a minha potência
Não fique pela metade
Que os números pares da vida
Venha me deixar saudade
                  
Minha potencialidade
Seja exponencial
Que a minha soma dos anos
Não se torne decimal
Pra que a minha existência
Não seja fracional
                  
Na esfera Universal
Sou o Pi da semi-reta
Uma fração ordinária
Em busca de minha meta
Buscando o indivisível
De uma forma concreta
                  
De uma maneira repleta
Sou do ângulo a congruência
A fim de multiplicar
A minha curta existência
 Pra que a soma dos anos
Possa ser uma potencia

Sei que a minha existência
Ela já foi dividida
Porque na soma dos anos
Metade já foi vivida
Embora o que agente vive
Fica de forma esquecida
                  
Na matemática da vida
Hoje estou diminuindo
Porque o que eu já somei
Hoje eu estou dividindo
Sinto o fantasma do tempo
O meu corpo perseguindo
                  
Sentir o que eu estou sentindo
Eu queria explicação
Porque que as soma dos anos
Só me trouxe a ilusão
Quase toda soma é boa
Porém a dos anos não.

Autor: Davi Calisto Neto







 

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