Na hipotenusa do
ângulo
Faça a minha trajetória
No cateto
adjacente
Preservo a minha
memória
Pra que o catete
oposto
Não desfaça a
minha história
Sem diminuir a
glória
De Aristóteles e
Platão
No segmento da
reta
Eu não tenha
divisão
Pra que meus
objetivos
Não sofram
subtração
No X da equação
Eu vou buscar
igualdade
Pra que a minha potência
Não fique pela
metade
Que os números pares
da vida
Venha me deixar
saudade
Minha
potencialidade
Seja exponencial
Que a minha soma
dos anos
Não se torne
decimal
Pra que a minha
existência
Não seja
fracional
Na esfera
Universal
Sou o Pi da
semi-reta
Uma fração
ordinária
Em busca de minha
meta
Buscando o
indivisível
De uma forma
concreta
De uma maneira
repleta
Sou do ângulo a
congruência
A fim de
multiplicar
A minha curta
existência
Pra que a soma dos anos
Possa ser uma
potencia
Sei que a minha
existência
Ela já foi
dividida
Porque na soma
dos anos
Metade já foi
vivida
Embora o que
agente vive
Fica de forma
esquecida
Na matemática da
vida
Hoje estou
diminuindo
Porque o que eu
já somei
Hoje eu estou
dividindo
Sinto o fantasma
do tempo
O meu corpo
perseguindo
Sentir o que eu
estou sentindo
Eu queria
explicação
Porque que as
soma dos anos
Só me trouxe a
ilusão
Quase toda soma é
boa
Porém a dos anos
não.
Autor: Davi
Calisto Neto
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