quinta-feira, 29 de agosto de 2019


Depois que o sol se vai
E a noite se aproxima
A tarde ameniza o clima
Na sua rede ela cai
O brilho da lua sai
Clareando a escuridão
O canto do curujão
Deixa a criança assombrada
A tarde dorme deitada
Na sombra da solidão

À tarde é quem anuncia
Que o dia está findando
No céu a lua vagando
Procurando pelo o dia
Seis horas a ave Maria
Feita pelo Sacristão
E o padre no seu sermão
Fala da hóstia sagrada
A tarde dorme deitada
Na sombra da solidão

Quando se tem um amor
Que não é correspondido
A tarde aumenta o sentido
Do amante sofredor
O fim do dia traz dor
Daquela separação
A tarde é um ancião
Terminando a caminhada
A tarde dorme deitada
Na sombra da solidão

Depois que se finda o dia
No horizonte escurece
E a lua tímida aparece
Para trazer alegria
O sol é quem irradia
A lua na amplidão
Seus raios fornece o clarão
Deixando ela iluminada
A tarde dorme deitada
Na sombra da solidão

A tarde traz o cansaço
Da nossa luta diária
Por ela ser refratária
Do dia rouba o espaço
É quem provoca embaraço
Ao fazer a divisão
Na sua competição
Jamais será derrotada
A tarde dorme deitada
Na sombra da solidão

A tarde é quem finda o dia
Como a morte finda a vida
A tarde faz a partida
Da luz que nos irradia
Ela acaba a alegria
E nos tira a emoção
Aumentando a comoção
Da pessoa apaixonada
A tarde dorme deitada
Na sombra da solidão
Escreveu: Davi Calisto Neto

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