A vida é como um trem
Carregado de ilusão;
Solavancos com
frequência,
Ataques de
turbulência,
Desvio e trepidação.
Após a curva findada,
Retorno a ultima
estação
Aos poucos faz a
partida;
Contorna a rota
ligeira;
Voando, os anos se
passam;
Os passageiros se
abraçam,
Sonham na estação
primeira
E partem da inicial,
Com destino à
derradeira
No caminho se assiste
Diferenças de
paisagem:
Campos de sabedoria,
Reta sem cor e vazia,
Trens parados na
garagem,
Faróis com luz
ofuscada
E fagulhas de coragem
A carga da vida anda
Transportada entre
vagões;
Cada um conduz
consigo
Recantos que dão
abrigo,
Ao fardo das
aflições,
Refletindo o tom das
cores
No filme das
sensações
Os espaços se limitam
Tal qual a
velocidade;
No corpo, a peça se
arrasta,
O combustível se
gasta,
A força se faz metade
E a despedida consome
Marcas em cor de
saudade
No transcorrer ao
destino
Parece se anteceder:
Desencontros na
viagem,
Peso demais na
bagagem,
Mas o trem tem que
correr;
E quando a “máquina”
parar,
É vez do “chofer”
descer.
AUTOR: MESSIAS TORRES
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