terça-feira, 20 de novembro de 2012

" MOTE: A SAUDADE QUE EU SINTO É TÃO DOIDA/QUE MEU PEITO NAO CABE O CORAÇÃO"




Foi embora uma filha que eu tinha
Pra ficar de mim muito distante
A saudade hoje em dia é cortante
Porque ela levou minha netinha
Todo dia quando é de manhazinha
Eu começo a lembrar sua feição
Ando a casa buscando solução
Pra matar essa dor que tão sofrida
A saudade que eu sinto é tão doída
Que meu peito não cabe o coração

Quando agente se apega por alguém
A distância é quem mais nos faz sofrer
A ausência ninguém pode entender
Separar-se de quem você quer bem
A saudade é uma dor que quando vem
Para ela não tem medicação
É uma seta furando o coração
Que quem sente essa dor não tem saída
A saudade que eu sinto é tão doída
Que meu peito não cabe o coração

Se um dia você sentir saudade
De alguém que estava do seu lado
Esse alguém lhe deixou abandonado
Pois você não lhe teve lealdade
Corra atrás dessa velha amizade
E a ela você peça perdão
Diga a ela você é a paixão
Dessa história de amor mal resolvida
A saudade que eu sinto é tão doída
Que meu peito não cabe o coração

Todo amor que eu tenho é pra lhe dar
Sem você eu não sei como viver
É por isso que eu quero lhe dizer
Que a distância é quem vai me terminar
Se você não tiver como voltar
Pra selar essa nossa união
Vou viver como um pássaro na prisão
Sem as flores da relva e a comida
A saudade que eu sinto é tão doída
Que meu peito não cabe o coração

O amor de uma filha é diferente
Não é como o amor de uma mulher
Esse amor não é como agente quer
Pelo o mesmo se achar no consciente
Esse amor ele sempre está crescente
Impossível é a sua divisão
Nesse amor não existe a paixão
Na escolha de uma preferida
A saudade que eu sinto é tão doída
Que meu peito não cabe o coração

Foi embora a minha juventude
E sem ela acabou a esperança
Eu recordo o meu tempo de criança
A velhice hoje em dia me ilude
Alguém disse que a velhice tem virtude
Eu estou procurando esta razão
Qualidade eu não vejo em ancião
Há não ser pela vida já vida
A saudade que sinto é tão doída
Que meu peito não cabe o coração

Quando eu penso em você tem ritimia
Bate mais apressado o coração
E divido a essa emoção
Ao lembrar de você trás alegria
Conviver com você no dia a dia
É pra mim a maior satisfação
Eu não sei se é amor, ou é paixão
Eu só sei que ela esta mal entendida
A saudade que sinto é tão doída
Que meu peito não cabe o coração 

AUTOR: DAVI CALISTO NETO.




 

Um comentário:

  1. Bravo poeta! É bem assim a saudade, que traiçoeira e covardemente se apodera de nosso ser e não raro, somos obrigados a conviver com essa dor, sobretudo quando um ente querido se vai inesperadamente deixando apenas sua doída ausência. Parabéns poeta, forte abraço, João Carlos.

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