Vi o tempo passar tão de
repente
Minha infância voou e foi
embora
Juventude também não fez
demora
Muita marca do tempo está
presente
Em lembrar o passado a minha
mente
Fica triste por eu está
lembrado
Ao somar os meus anos
acumulado
Eu me sinto hoje em dia
diferente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do passado
O encontro com minha namorada
Eu recordo chorando de emoção
Pois ao vê-la gravei sua
feição
Que na mente até hoje está marcada
Eu senti que ela estava
apaixonada
Seu abraço em mim foi
apertado
Hoje em dia este amor foi
sepultado
Numa lápide singela e transparente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do
passado
As lembranças de minha
mocidade
Hoje em dia me fere como
lança
Mas eu tenho guardado na
lembrança
Esse tempo em que tive
liberdade
Eu queria aumentar a minha
idade
Só pensando em ficar
emancipado
Dessa soma eu não tive
resultado
Porque a soma dos anos é
decrescente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do
passado
Minha mãe muito nova e com
vigor
O meu pai de seu lado e
satisfeito
Esse tempo de paz e de respeito
Hoje em dia deixou de ter
valor
Eu tratava o meu pai pelo
senhor
Mesmo sem eu ter sido educado
Era assim que o pai era
tratado
Pela simples razão de ser
docente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do
passado
A primeira mulher que eu amei
Para mim era linda como a
flor
Ao beijar os seus lábios com
ardor
Com os seus gestos de amor eu
me encantei
Por instantes a ela eu me
entreguei
Esperando por ela ser julgado
Na volúpia do amor e do
pecado
Percebi que ela ali ficou
carente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do passado
Visitei a casa onde eu fui
nascido
Para ver o terreiro onde eu
brinquei
No batente da casa eu me
sentei
Pois meu corpo ficou
estremecido
Ao lembrar o meu pai já
falecido
E ao ver o lugar que fui criado
O meu rosto de lágrimas foi
banhado
Por eu ver essas cenas do
presente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do
passado
Minha história de vida é transparente
Nasci pobre e humilde no
sertão
De meu pai eu herdei a
tradição
De viver e lutar honestamente
Hoje a vida que levo é
consciente
De um passado que fui
subjugado
Se eu gozar ou sofrer fico
calado
Por saber que meu pai foi
inocente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do
passado
De você eu já fui o professor
Só não pude ensiná-lo poesia
Nesse campo você tem maestria
E de mim está longe no valor
Nessa escola você foi diretor
E eu ainda não fui nem
educado
Como aluno eu serei bem
comportado
Aprendendo a história do
repente
No caderno do subconsciente
Anotei as lembranças do
passado
AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
Mote sugerido por o grande poeta, meu primo, José de Mariinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário