Meu violão saudosista
Que no passado ficou
Até mesmo as suas cordas
O tempo desafinou
Sem ter quem nele tocasse
E meu sentimento encarnasse
Um passado que restou
Por isso que hoje estou
Falando desse instrumento
Companheiro inseparável
Que assistiu meu sofrimento
Velou minhas madrugadas
Sofridas e angustiadas
Sem dizer um só lamento
Mesmo sendo um instrumento
O violão sente dor
Nas suas cordas de aço
Produz um som sofredor
Revela o que o dono sente
Com seu acorde dolente
Tocando histórias de amor
Eu que sou um trovador
Dele sou um companheiro
Quem nasceu nessa cidade
Tem o dom de violeiro
Terra de bons repentistas
Berço de apologistas
Como saudoso coqueiro
Os Paivas são pioneiros
Na arte do violão
Luiz nosso Seresteiro
Tem a sua atuação
Canta embalando a vida
É uma coluna erguida
Que tem essa profissão
A minha satisfação
É ser filho dessa terra
Que já foi Demétrio Lemos
Quem está dizendo não erra
Também foi Boa Esperança
Antônio Martins, hoje avança
Sem nunca pensar em guerra
A nossa história não encerra
Tem a sua evolução
Os fatos que se passaram
Que nos trás recordação
São fatos que eu interpreto
Lembrando Carvalho Neto
E passagem de Lampião
Nas cordas do Violão
Quero mostrar minha glória
Descrever a minha terra
Forçando a minha memória
Sem mágoa e sem preconceitos
Quero lembrar os prefeitos
Que aqui fizeram história
Guarda na minha memória
As alegrias completas
A minha terra querida
Com suas obras diletas
Sem mudar o seu destino
É o berço de Raulino
Um dos maiores poetas
Com suas ações concretas
Antônio Martins tem crescido
Propagando-se como o som
De um violão sustenido
Um povo de atitude
Onde a nossa juventude
É quem tem evoluído
A cultura tem crescido
Em todos os seguimentos
O violão se tornou
Um de nossos instrumentos
Banda Josefa Viana
Reúne toda semana
Com todos seus elementos
São esses meus argumentos
Que eu tentei descrever
Com meu violão no peito
Eu procurei entender
O tempo passou por mim
E as flores do meu jardim
Deixaram de florescer
AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
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