domingo, 11 de dezembro de 2016

O PREÇO DA DESIGUALDADE
MOTE: DAVI CALISTO NETO
ESCREVEU: DAVI CALISTO.

Se não fosse o agricultor
Esse homem de mão grossa
Com seu trabalho na roça
Que seria do Doutor
Perderia o seu valor
E a sua liberdade
Não tinha felicidade
Por falta de alimento 
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

É até contraditório
Essa minha posição
Mas a minha explicação
É devido eu ser simplório
Fica evidente e notório
Que ela não tem vaidade
Somente a simplicidade
Sustenta o meu argumento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

Somente a nossa matéria
Ela é igual por si só
Todos viraremos pó
Ossos, músculos e artéria
 Dentro da urna funéria
Não tem superioridade
Não existe autoridade
E nem terá sofrimento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

Se não fosse o camponês
Esse homem do sertão
Não haveria patrão
Que pagasse todo mês
Não tinha pão pra vocês
Que nasceram na cidade
Virava calamidade
Ninguém come calçamento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

O homem simples do mato
Do rico tem diferença
Não precisa da imprensa
Vive no anonimato
Mesmo assim ele é grato
Pela sua liberdade
É rico de honestidade
Mas seu desprezo eu lamento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

Tudo que a cidade tem
É advindo da terra
Envolvido nessa guerra
O homem do campo vem
Sem ajuda de ninguém
Lutando por igualdade
A nossa sociedade
Impõem esse desalento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

Sem ter argumentação  
Temer vai encaminhar
Para o Senado votar
Essa grande aberração
O camponês do sertão
Que já tem dificuldade
Sessenta e cinco de idade
Terá o seu aposento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

Entre as classes sociais
Sei que existe diferenças
Em religiões e crenças
Existem muitos rivais
Até mesmo os animais
Com sua diversidade
Porém na humanidade
Tem que haver julgamento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

Se a pobreza for tratada
Com diferença e desprezo
O pobre fica indefeso
Vai viver de mão atada
Sua casa uma latada
Sem nenhuma qualidade
Falta-lhe oportunidade
Tratado como excremento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade

É o homem sertanejo
Quem mantem essa Nação
Com os calos de sua mão
Como ser humano eu vejo
Sem alimentar desejo
Nem ter curiosidade
Por não ter prosperidade
Sua vida é um tormento
Não existe crescimento
Se tiver desigualdade




  
  




terça-feira, 29 de novembro de 2016

                                  Mote em setissílabas, dedicados a minha esposa Ana Lima.
                                  Escreveu seu esposo: Davi Calisto Neto.
                                  No jardim da minha vida/Tu és a mais bela flor 

És a rosa perfumada
Que perfuma meu jardim
Você nasceu para mim
Por isso é a minha amada
Você será exaltada
No meu conceito de amor
Seu corpo tem o calor
Pra lhe deixar aquecida
No jardim da minha vida
Tu és a mais bela flor

A razão do meu viver
Você quem me faz feliz
Foi você que eu sempre quis
Pra comigo conviver
Se um dia eu ti perder
Eu serei um sofredor
Porque somente o Senhor
Sabe o quanto ela é querida
No jardim da minha vida
Tu és a mais bela flor

Quando é de manhãzinha
Meu jardim está corado
Pois você já tem brotado
E não vai ficar sozinha
O beija-flor se avizinha
Voando como um condor
E eu como um sedutor
Vendo a roseira florida
No jardim da minha vida
Tu és a mais bela flor

O meu jardim é florido
Com flores de muita cor
Mas tem a flor do amor
De perfume preferido
Eu me sinto enaltecido
Aprendi lhe dar valor
Por ser minha preferida
No jardim da minha vida
Tu és a mais bela flor

Nasceste pra me amar
Eu disso tenho certeza
És coberta de beleza
Como Rainha do lar
É uma mãe exemplar
Eu não sou seu genitor
Mas sou seu admirador
E nunca será esquecida
No jardim da minha vida
Tu és a mais bela flor






 


terça-feira, 22 de novembro de 2016

                                       
                                         AS BENESSES DAS CHUVAS NO SERTÃO 
                                         ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.
                                         ANTÔNIO MARTINS-RN, 22/11/2016

Senti o cheiro da chuva
Mas aqui ela não chegou
As nuvens que tinha no céu
Soprou o vento e levou
Eu fiquei desiludido
Por aqui não ter chovido
E nem se quer serenou

Será que o tempo mudou
E vai chover no sertão
O El Niño foi embora
Pra nossa satisfação
Esse fenômeno maldito
Deixou o sertão aflito
Por não ter mais produção

La Niña com outra ação
Vai nos trazer alegria
No Nordeste vai chover
Pra o campo ter regalia
O rio descer com enchente
Ver o sertanejo contente
Quando amanhecer o dia

O peixe na água fria
Nadar fazendo zuada
Onde o rio faz remanso
Fazer sua desovada
A mata mudar de terno
Porque chegou o inverno
Se alegra a passarada

Uma bezerra atolada
Lá na lama do curral
Um touro escava o chão
O rouxinol no quintal
Canta para agradecer
Não reza por não saber
Por ser um pássaro afinal

Lá dentro do matagal
Uma nambu se peneira
A cobra que venenosa
A sua vítima ela espera
Sem ter chance de defesa
Com seu veneno na presa
Que mata e que dilacera

Sem chover nada prospera
O sertão ficou deserto
Os pássaros morrem de cede
Chora quem passar por perto
A chuva traz a bonança
E renova a esperança
De um sertanejo liberto

Chovendo tudo dar certo
Com a fauna e com a flora
Os animais matam a fome
A tristeza vai embora
A mata muda de cor
Em cada ramo uma flor
Onde o beija-flor explora






quarta-feira, 26 de outubro de 2016

                             MOTE: SILVANO LYRA
                            TEM GOTEJOS DE SAUDADE 
                            PINGANDO EM MEU CORAÇÃO
                           ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.                                          

Do meu tempo de criança
Sempre vivo me lembrando
Onde eu vivia brincando
Hoje só resta lembrança
Eu perdi a esperança
Não sinto mais emoção
Vivo de recordação
Do tempo da mocidade
Tem gotejos de saudade
Pingando em meu coração

Sou um farrapo de gente
Que o presente me castiga
Hoje eu só sinto fadiga
O meu passado é recente
As lembranças em minha mente
Só me traz perturbação
Na minha desilusão
Sofro com a realidade
Tem gotejos de saudade
Pingando em meu coração

O tempo passou depressa
Sem se quer eu perceber
Hoje eu aprendi a ver
Que eu estou cansado a bessa
Não acredito em promessa
De sofrer transformação
Só o tempo tem razão
Isso é a pura verdade
Tem gotejos de saudade
Pingando em meu coração

Saudade é um sentimento
Que quem vive sempre sente
Ela sempre está presente
Pra nos causar sofrimento
As vezes causa tormento
Provoca até depressão
Chega fazendo arrastão
Levando a felicidade
Tem gotejos de saudade
Pingando em meu coração

Quem nunca sentiu saudade
Pode se apresentar
Que eu quero cumprimentar
E lhe dizer a verdade
Que ele não tem bondade
Na sua imaginação
Nunca sentiu emoção
E nem teve ansiedade
Tem gotejos de saudade
Pingando em meu coração

Esse sentimento nobre
Só tem quem ama e quer bem
Ninguém sabe de onde vem
Por isso não se descobre
Afeta o rico e o pobre
Sem nenhuma distinção
É danosa a sua ação
De ninguém tem caridade
Tem gotejos de saudade
Pingando em meu coração  


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A CASA ONDE EU FUI NASCIDO
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.
ANTÔNIO MARTINS- RN, 05/10/2016

A casa onde fui nascido
Pelos os anos desbotada
As suas paredes sujas
Foi pelo o tempo marcada
Resta somente a lembrança
Do meu tempo de criança
Na minha mente gravada 

Bem na margem da estrada
Onde ela foi construída
Avistei suas calçadas
Porta da frente caída
O terraço onde eu brinquei
O lugar onde eu me sentei
No meu início de vida

Todas soleiras comidas
Que o cupim devorou
O lugar onde eu dormia
O armador se arrancou
A mesa onde eu almoçava
O banco onde pai deitava
Só com uma perna ficou

O meu espírito chorou
Vendo a destruição
O quarto onde papai
Guardava o seu algodão
Um moinho enferrujado
Entre os destroços jogado
Vi uma mão de pilão

Ali fiz reflexão
De um passado de alegria
Uma mesa pequeninha
Onde mamãe escrevia
De sujeira quase preta
Achei na sua gaveta
Mais de uma fotografia

A poeira que cobria
Não me deixou revelar
Mas depois de algum tempo
Que eu comecei a limpar
Com a consciência sã
Vi que era da minha irmã
E comecei a chorar

 Deus tinha vindo buscar
 Ela em plena juventude  
 Só tinha vinte e dois anos
 Cheia de amor e virtude
 A febre foi quem matou
 A morte veio e levou
 Ela em sua plenitude

Resolvi ter atitude
Me afastei do lugar
Dizendo para mim mesmo
Nunca mais venho visitar
A casa onde eu fui nascido
Vou deletar do sentido
Pra nunca mais me lembrar

Me afastei sem chorar
Com o coração doido
Meu passado de alegria
Eu vi ali destruído
Com o peso nos meus ombros
Deixei ali os escombros
Tristonho e desiludido  

Não fiquei arrependido
Por ter feito esta visita 
Mas por dentro eu chorei
Com tanta coisa esquisita 
Entre fatos e alternância 
Ali vivi minha infância 
Minha fase mais bonita   







   



domingo, 28 de agosto de 2016

MOTE SILVANO LYRA: SE INSISTIR NO PECADO/VAI ACABAR SE MATANDO.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.
ANTÔNIO MARTINS-RN, 28/08/2016
Na vida precisa sorte
Pra seguir seu itinerário
Pois ela cobra um salário
Que muitas vezes é a morte
O pecado é passa porte
Pra quem está praticando
O homem perde o comando
Termina agindo errado
Se insistir no pecado
Vai acabar se matando

Madalena a pecadora
Por Cristo foi perdoada
Mas depois foi avisada
Deixar de ser infratora
A lei não é protetora
De quem comete desmando
Que peca está praticando
Um ato não aprovado
Se insistir no pecado
Vai acabar se matando

Foi Nabucodonosor
Um rido e avarento
Que provocou sofrimento
Por ele não ter amor
Foi um grande pecador
A Bíblia está nos contando
Ele terminou pastando
Com os animais no prado
Se insistir no pecado
Vai acabar se matando

Adão tentou resistir
Mas foi por Eva iludido
Comeu o fruto proibido
De tanto Eva insistir 
A Deus não quisera ouvir
O que estava se passando
Satanás incentivando
O erro foi praticado
Se insistir no pecado
Vai acabar se matando

Absalão não entendeu
Quando ficou contra o pai
Numa armadilha ele cai
Por esse erro morreu
Davi Chorou e sofreu
Mas mesmo Davi Chorando
Não estava no comando
Não foi Joabe avisado
Se insistir no pecado
Vai acabar se matando  

Mesmo tendo convivido
Ao lado de seu pastor
Judas foi um traidor
Por ter seu mestre vendido
O dinheiro recebido
Em suas mãos ficou queimando
Sua mente martelando
Pelo fato consumado
Se insistir no pecado
Vai acabar se matando


domingo, 21 de agosto de 2016


                                MOTE: SILVANO LYRA
                                ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.

Eu não tenho simpatia
E sou um tanto sisudo
Mas ninguém tem meu estudo
No mundo da cantoria
Essa minha maestria
Que eu tenho produzido
Até hoje não fui vencido
Por eu não ter oponente
Não sou o Rei do repente
Mas sou muito parecido

Sou tido como vilão
Na profissão que excesso
Me tornei desde o começo
Um eterno campeão
Nunca tive compaixão
De poeta convencido
Que queria ser metido
Querendo ser competente
Não sou o Rei do repente
Mas sou muito parecido

Sou poeta renomado
Mantenho tudo que fiz
Eu só respeitei Diniz
Que hoje está sepultado
No presente e no passado
Eu sempre fui preferido
Em todos tenho batido
Por ser mais inteligente
Não sou o Rei do repente
Mas sou muito parecido

Por estar na terceira idade
Mas ainda dou a prova
Sou igual a Vila Nova
Porque tenho qualidade
Essa minha assumidade
Não foi no tempo esquecido
Não sou substituído
Por amigos e nem parente
Não sou o Rei do repente
Mas sou muito parecido

Sou o Rei da profissão
Não tenho substituto
Me tornei absoluto
Igualmente a Gonzagão
Ele foi Rei do baião
Foi comigo parecido
Jamais será esquecido
Por ter sido coerente
Não sou o Rei do repente
Mas sou muito parecido

O meu talento é notório 
Por chegar onde cheguei
Por isso me tornei Rei
Mesmo eu sendo simplório 
Superar meu repertório 
E o que tenho produzido 
O meu trabalho é polido
Por isso sou diferente 
Não sou o Rei do repente 
Mas sou muito parecido 



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O BRASIL E SEUS CONCEITOS.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.


Hoje eu pude constatar
Que nós estamos perdidos
Os princípios derrotados
Os valores invertidos
As famílias destruídas
As tradições esquecidas
Amores destituídos

Os políticos corrompidos
Por força da vaidade
A juventude sem rumo
Casais sem ter lealdade
Filhos distantes dos pais
Com instintos radicais
Sem nenhuma afinidade

Se vê com barbaridade
Cenas na televisão
Uma geração de monstros
Sem nenhuma emoção
O homem animalizado
Só praticando o pecado
Longe da religião

Ninguém fala em salvação
Por de nós está distante
Não se tem amor ao próximo
Por não ser interessante
Valoriza-se o material
Esquece-se o espiritual
Deleta-se Deus da mente

A juventude carente
De afeto e compreensão
As drogas como uma praga
Fazendo a devastação
O marginal em destaque
Fumando pedra de craque
Pra matar sem ter razão

Impera a corrupção
Entre nossos dirigentes
Estamos errando a escolha
Elegendo incompetentes
Precisa haver mudanças
Pra que as nossas cobranças
Elas sejam interessantes

Nós somos os promoventes
Das mudanças radicais
Somente a sociedade
Dessas mudanças é capaz
Falta isso a juventude
Porque sem ter atitude
Não mudaremos jamais

Deixo aqui a minha voz
Como um brasileiro aflito
Para as gerações futuras
Quero meu Brasil contrito
Com mais amor a Nação  
Saúde e educação
Meu País será bem visto    



sábado, 6 de agosto de 2016

MOTE: SILVANO LYRA:
A TRANCA DE MEU PASSADO/ENFERRUJOU DE SAUDADE 
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

Cada porta que eu batia
Ela se fechou pra mim
Porque a vida é assim
Modifica todo dia
Momentos de alegria
Não duram uma eternidade
Se tiver intensidade
Tem que ser aproveitado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade

Já vivi de aventuras
Desfrutando de orgia
O uísque que eu bebia
Servia de amarguras
Com as minhas desventuras
Sofrendo de ansiedade
Foi embora a mocidade
Hoje me sinto angustiado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade

A tranca de meu passado
De tanto abrir e fechar
Hoje ela que emperrar
Para mim deixar trancado
O meu presente é forçado
A viver sem liberdade
A minha felicidade
Pelo tempo foi marcado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade  

A chave que eu abria
Hoje eu não abra mais
O meu tempo de rapaz
Foi quem deu essa alegria
Passado de nostalgia
Presente realidade
Futuro uma ansiedade
Que não está assegurado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade

Essa saudade que sinto
Ficou lá na minha infância
Hoje só tem a fragrância
Esse é um fato, eu não minto
E nesse meu labirinto
Onde trafega a verdade
Chegou a terceira idade
Pra mim deixar limitado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade

Saudades de meu sertão
Onde menino eu brincava
E ali eu me achava
Um autêntico campeão
Brincadeira de pinhão
Era uma modalidade
Sem ter adversidade
Eu sempre estava escalado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade

A ferrugem corroeu
A minha infância querida
A fase melhor da vida
De quem nasceu e viveu
Onde tudo aconteceu
Com muita serenidade  
Mesmo com privacidade
Esse tempo é lembrado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade 



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

AS MAZELAS DA SECA NO SERTÃO.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO


Ó seca tu és cruel
Perversa e até assassina
As tragédias do sertão
Você é quem determina
Gado morrendo de fome
Do açude a água some
A lama fica rachada
Os peixes morrem sem água
Sobra sofrimento e mágoa
Numa casa sem ter nada

Por que esse meu sertão
É por você perseguida?
Para trazer desalento
De uma forma sofrida
Sem comer os animais
Seca os mananciais
A serra fica cinzenta
O sertanejo sofrido
Tristonho e desiludido
A sua enxada aposenta

Você tem marcado história
No sertão onde eu nasci
Os meus avós já contavam
Em muitos livros que li
Relatos de sofrimentos
Bem antes dos aposentos
Desse homem nordestino
Sem querer dizer o nome
Velho morria de fome
Quando eu era menino


Ó seca o seu legado
É de sofrimento e dor
Você é quem traz desânimo
Para o homem agricultor
Devasta a vegetação
Faz o homem do sertão
Vir embora pra cidade
Pra ver se a fome alivia
Vem morar na periferia
Onde não tem liberdade

Ó seca és implacável
Do meu sertão não tem pena
Você quem protagoniza
Do sertão a triste cena
O rebanho dizimado
Sem ter comer para o gado
Fica o sertão deserto
O sertanejo sem dono
Sofrendo no abandono
Chora quem passar por perto

Um fenômeno natural
Que afeta meu sertão
Um pretexto pra os políticos
Que fazem corrupção
Usam a seca como esquema
Sem resolver o problema
Que a séculos se arrasta
O sertanejo enganado
Pelos políticos lesado
Que do problema se afasta

Quem no sertão hoje passa
Só ver a desolação
Os açudes todos secos
Morreu a vegetação
Mais de uma casa vazia
Onde era a moradia
Do homem agricultor
Sem chover para plantar
Não teve como ficar
Morando no interior



quarta-feira, 13 de julho de 2016

"A CRUZ QUE EU CARREGO".


A CRUZ QUE EU CARREGO
MOTE: O PESO DA CRUZ DA VIDA/PESA NA VIDA DA GENTE.
AUTOR DO MOTE: SILVANO LYRA
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.

Por mim foi crucificado
O seu sangue derramou
Meu pecado perdoou
Mesmo eu sendo culpado
Com um ladrão de cada lado
Como se fosse indigente
Ele sofreu paciente
Pra morrer logo em seguida
O peso da cruz da vida
Pesa na vida da gente

Por Pilatos foi julgado
Trocado por Barrabas
E diante os tribunais
Foi ferido e humilhado
Depois de ser condenado
No meio daquela gente
Mesmo ele sendo inocente
Sua dor foi esquecida
O peso da cruz da vida
Pesa na vida da gente

Madalena também tinha
Uma cruz pra carregar
E muitos pra lhe acusar
Por ela está sozinha
E na sua ladainha
Mesmo sendo incoerente
Cristo que fora prudente
Por ela ser perseguida
O peso da cruz da vida
Pesa na vida da gente

Eu não sou um Cireneu
Mas carrego a mina cruz
Não é como a de Jesus
Devido os pecados meu
Cristo foi quem mais sofreu
Pra eu ficar independente
Mesmo eu não sendo carente
Minha cruz foi dividida
O peso da cruz da vida
Pesa na vida da gente

Essa cruz que eu carrego
Pra mim é leve demais
Não reclamarei jamais
Eu digo isso e não nego
Mesmo que eu fosse um cego
Eu ainda era contente
Minha cruz é um presente
Por não me causar ferida
O peso da cruz da vida
Pesa na vida da gente



  




terça-feira, 14 de junho de 2016

"O FRACASSO DE NOSSA SELEÇÃO"

O FRACASSO DE NOSSA SELEÇÃO.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.

Um futebol sem amor
Sem honrar nossa camisa
Uma comissão indecisa
Na escolha do jogador
Falta o Técnico inovador
Que faça a sua opção
Não escale por pressão
Escale por qualidade
Está faltando identidade
Para a nossa Seleção

Falta comprometimento
Ao futebol brasileiro
Quem joga no estrangeiro
Não quer usar seu talento
Tudo rico e avarento
Sem amor a Seleção
Zombando da comissão
Que não tem autoridade
Está faltando identidade
Para a nossa Seleção

Nós já tivemos destaque
Que o povo tinha fé
Por exemplo o Rei Pelé
Que foi nosso maior craque
A Seleção teve o baque
Nunca mais teve ascensão
Sem amor a profissão
E sem ter boa vontade
Está faltando identidade
Para a nossa Seleção

Nosso maior jogador
Tem falta de conteúdo
Se acha a cima de tudo
Só a ele dar valor
Na orgia e no amor
Que viver de diversão
Ganhando mais de um milhão
É essa a realidade
Está faltando identidade
Para a nossa Seleção

Por isso aguardando eu fico
Uma mudança radical
Que o nosso craque atual
Tenha a postura de um Zico
Esse futebol tão rico
Que é pentacampeão
Hoje só é decepção
Pela sua qualidade
Está faltando identidade
Para a nossa Seleção  

  


quinta-feira, 9 de junho de 2016

"A CONSTRUÇÃO DE UM SER"

A CONSTRUÇÃO DE UM SER.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.


O presente é ilusão
Que a nossa mente carrega
O passado é rodovia
Onde a saudade trafega
O futuro é uma incógnita
Que o ser humano se apega

A vida é uma bodega
Com muita variedade
Que na sua trajetória
O tempo roupa a metade
E a nossa juventude
Passa com velocidade

A infância é a bondade
Que o ser humano desfruta
Sem perceber o valor
Dessa fase absoluta
Que só temos consciência
Quando chega a fase adulta

Aí se forma a conduta
Dessa nossa construção
Através do livre arbítrio
Se toma uma direção
Para se fazer o bem
O cair na perdição

Em busca de afirmação
O ser humano caminha
Nas controversas da vida
Só quem é bom se alinha
Porque seus objetivos  
Nem toda vez se avizinha  

Quem se encontra sozinha
Sempre tem temeridade
Não pode compartilhar
A sua felicidade
E está sempre inquieto
Na busca pela verdade

É dura a realidade
De quem está consciente
Não esquecer o passado
De encarar o presente
E saber que o futuro
Não tem forma consistente

Entre o passado e o presente
Existe uma divisão
Onde cada ser humano
Procura a sua razão
Na certeza que o futuro
Não terá sustentação

Na minha constatação
Entre passado e futuro
É que viver o presente
Talvez seja o mais seguro
Porque fazer projeções 
É dar um salto no escuro