MOTE: SILVANO LYRA:
A TRANCA DE MEU PASSADO/ENFERRUJOU DE SAUDADE
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO
Cada porta que eu batia
Ela se fechou pra mim
Porque a vida é assim
Modifica todo dia
Momentos de alegria
Não duram uma eternidade
Se tiver intensidade
Tem que ser aproveitado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade
Já vivi de aventuras
Desfrutando de orgia
O uísque que eu bebia
Servia de amarguras
Com as minhas desventuras
Sofrendo de ansiedade
Foi embora a mocidade
Hoje me sinto angustiado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade
A tranca de meu passado
De tanto abrir e fechar
Hoje ela que emperrar
Para mim deixar trancado
O meu presente é forçado
A viver sem liberdade
A minha felicidade
Pelo tempo foi marcado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade
A chave que eu abria
Hoje eu não abra mais
O meu tempo de rapaz
Foi quem deu essa alegria
Passado de nostalgia
Presente realidade
Futuro uma ansiedade
Que não está assegurado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade
Essa saudade que sinto
Ficou lá na minha infância
Hoje só tem a fragrância
Esse é um fato, eu não
minto
E nesse meu labirinto
Onde trafega a verdade
Chegou a terceira idade
Pra mim deixar limitado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade
Saudades de meu sertão
Onde menino eu brincava
E ali eu me achava
Um autêntico campeão
Brincadeira de pinhão
Era uma modalidade
Sem ter adversidade
Eu sempre estava escalado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade
A ferrugem corroeu
A minha infância querida
A fase melhor da vida
De quem nasceu e viveu
Onde tudo aconteceu
Com muita serenidade
Mesmo com privacidade
Esse tempo é lembrado
A tranca de meu passado
Enferrujou de saudade
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