O
PÔR DO SOL
ESCREVEU:
DAVI CALISTO NETO
ANTÔNIO
MARTINS-RN, 19/03/2010.
Na barra do horizonte
Vê-se o céu avermelhado
Os raios como facetas
Deixa o poente bordado
E o sol não clareia mais
Por se achar ocultado
Com seu gesto disfarçado
A lua tímida aparece
As estrelas lá no céu
Só brilha quando escurece
E a luz do sol ofuscada
Só na lua resplandece
À noite seu manto desce
Como um grande cobertor
No céu a lua vagueia
Inspirando o trovador
E o sol mesmo escondido
Com a lua faz amor
Quem assiste o sol se por
Faz uma reflexão
É como alguém que se foi
Deixando a sua paixão
Ter certeza que a luz
Dá lugar a escuridão
A noite é desilusão
Quando a luz do sol se ofusca
Como amante desvairado
O seu amor ele busca
Morrendo no horizonte
De uma maneira brusca
A luz do sol se ofusca
Porque a noite aparece
Vestida com manto preto
Ao dia roga uma prece
Como se fosse uma viúva
Que o marido não esquece
O escuro permanece
Para o planeta dormir
No horizonte distante
O sol começa a sumir
E os seus raios lentamente
Agente ver sucumbir
À noite ao se vestir
O seu corpo manifesta
Como dama solitária
A noite escura protesta
Limpando do horizonte
Os últimos raios que resta
A lua por uma fresta
Procura mostrar seu brilho
No céu azul estrelado
O sol deixou o seu trilho
Como os sinais genéticos
Que o pai passa para o filho
A noite é um impecilho
Que o sol tenta superar
Porque quando o sol se
esconde
A noite passa reinar
Soberana e absoluta
A lua passa a brilhar
Sem ter como reclamar
O sol se encontra escondido
Porém no brilho da lua
Ele ainda é refletido
Mostrando ser astro rei
No mundo desconhecido
Como amante desiludido
O sol distante da lua
Sem ter como abraçá-la
Mas seu amor continua
Um seresteiro perdido
Que a noite deixou na rua
O sol espera que a lua
Um dia possa beijá-lo
Que o seu calor intenso
Não possa lhe dá abalo
Pra que o nosso São Jorge
Não vá cair do cavalo
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