Eu sou como a cascavel
Solitária e escondida
Por ser ela criminosa
Não tem amor pela vida
Enrodilhada no chão
Para não ser percebida
A cigarra leva a vida
Cantando desatinada
Durante o inverno se esconde
Por não querer fazer nada
Criticando da formiga
Por só viver ocupada
Cantando de madrugada
O campina é seresteiro
Despertando o sertanejo
Pra seguir o seu roteiro
Dos pássaros do meu sertão
É o que se acorda primeiro
O galo lá no terreiro
Vai trançando a galinhada
As que descem do poleiro
Por ele é acediada
Não precisa de Viagra
Nem escolhe a namorada
Já a vaca é preparada
Para o bezerro mamar
Transformando o seu sangue
Para o homem alimentar
Essa química que ela faz
Ninguém consegue explicar
Vê-se a baleia no mar
Desafiando a ciência
Do tamanho de um navio
Flutuar com competência
Ser peixe e dar de mamar
É coisa da providência
A aranha tem ciência
No seu tecido perfeito
Não usa agulha de linha
Mas fica do mesmo jeito
Que os tecidos mais finos
A ela deve respeito
AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
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