Já amansei barbatão
Também peguei boi no mato
Bebi água no regato
Nas quebradas do sertão
O meu traje era um gibão
Não sofria de artrite
Fiz tudo isso acredite
Nos meus dias joviais
O que fiz, não faço mais
A idade não permite
Tive muitas namoradas
Nunca perdia uma festa
Hoje em dia nada presta
Foram embora as alvoradas
No trajeto das estradas
Hoje eu estou no limite
Na mulher não tem palpite
Para os atos conjugais
O que fiz, não faço mais
A idade não permite
Hoje em dia estou vivendo
Das migalhas do passado
Que não me dão resultado
Isso eu estou percebendo
A velhice está dizendo
Que eu fugi do meu encripte
Não tenho mais apetite
Para práticas sexuais
O que fiz, não faço mais
A idade não permite
Ao ter virado ancião
Nada hoje me conforma
Eu sei que isso é uma
norma
Nessa nossa projeção
Os anos na sua ação
Deixa tudo no limite
Quem é velho se omite
Das festas e dos bacanais
O que fiz, não faço mais
A idade não permite
AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
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