O MEU SAUDOSO SOGRO EDILSON FONSECA, UM DOS MAIORES
APOLOGISTA QUE EU CONHECI, UM DIA CONVERSANDO COMIGO, ELE ME DIZIA O SEGUINTE
MOTE: O LEITE DOS FILHOS PRETOS/OS FILHOS BRANCOS MAMARAM, AÍ EU ASSIM ESCREVI.
No tempo da escravidão
Quando uma negra paria
Não alimentava a cria
Mesmo tendo condição
Diante a submissão
Os seus filhos desprezaram
Os poucos que escaparam
Não mamaram nos seus peitos
O leite dos filhos pretos
Os filhos brancos mamaram
Os filhos dos fazendeiros
É quem eram alimentados
Mesmo que fossem bastardos
Pra mamar eram os
primeiros
Dentro os navios negreiros
Os negros se separaram
Os vendedores os usaram
Como se fossem amuletos
O leite dos filhos pretos
Os filhos brancos mamaram
Mesmo tendo a pele preta
O leite a cor não mudava
O branco que alimentava
Encontrava-se na sarjeta
Os filhos brancos na teta
Os seus sustentos
encontraram
As negras os alimentaram
Sem usar de preconceitos
O leite dos filhos pretos
Os filhos brancos mamaram
A mãe branca e vaidosa
Não se dava a esse luxo
Depois que tirava o bucho
Ficava mais majestosa
A mãe preta e carinhosa
Aos brancos amamentaram
Os filhos pretos ficaram
Mostrando os seus
esqueletos
O leite dos filhos pretos
Os filhos brancos mamaram
AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário