Durante a noite o bandido
Sai com instinto de matar
E na harmonia do lar
O seu dono é perseguido
Emboscando e abatido
Mesmo não tendo rival
Na manchete do no jornal
Morto com uma escopeta
A noite é uma capa preta
De cobrir o marginal
O cidadão sem defesa
Está em casa acuado
Pois o poder do estado
Pra ele é uma incerteza
O bandido é a alteza
Dessa classe social
Ele é quem pratica o mal
Mata e joga na sarjeta
A noite é uma capa preta
De cobrir o marginal
Na noite silenciosa
Na praça ou na avenida
Alguém que perdeu a vida
Por ter dito alguma prosa
A bandidagem raivosa
Em busca do capital
A arma é um fuzil fal
Que ele tirou da gaveta
A noite é uma capa preta
De cobrir o marginal
Exibindo o seu poder
O marginal se apresenta
E a sua arma ostenta
Que é para o povo temer
Quem ver tem que esconder
Que ele não tem arsenal
Dizer que aquilo é legal
E que ali não tem mutreta
A noite é uma capa preta
De cobrir o marginal
O nosso homem de bem
Está com as mãos atadas
E as nossas políticas erradas
Sem poder defender ninguém
Quem advogado tem
Não entra no tribunal
O nosso código penal
É de uma época obsoleta
A noite é uma capa preta
De cobrir o marginal
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO
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