MOTE: CADA VERSO QUE EU FAÇA É UMA PONTA/DOS RETALHOS
DA NOSSA POESIA.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO
ANTÔNIO MARTINS-RN, 08/02/2012.
Numa busca constante da
saudade
Fui rever o que pinto
tinha feito
E senti que lá dentro do
meu peito
Minha alma não tinha
liberdade
Os seus versos me davam
ansiedade
Sem saber como é que ele
fazia
Sem estudo e com tanta
maestria
Os seus versos pra mim é
uma afronta
Cada verso que eu faça e
uma ponta
Dos retalhos de nossa
poesia
Numa casa do Ébrio bem
versada
Encontrei a grandeza de
Cancão
E os versos do grande
Mufumbão
Numa folha amarela e
desbotada
No ranchinho no meio da
estrada
Num lugar onde havia
cantoria
Os retalhos que ali ainda
existia
De idade eu não tinha nem
a conta
Cada verso que eu faça e
uma ponta
Dos retalhos de nossa
poesia
Na canção do exílio eu fui
rever
A angustia daquele
aventureiro
E nos versos de Ercílio
Pinheiro
Eu tentei o seu drama
descrever
Ele estava exilado sem
dever
Pelo um ato de pura
covardia
Na prisão ele fez o que
sabia
Suas rimas até hoje se
desponta
Cada verso que eu faça e
uma ponta
Dos retalhos de nossa
poesia
Zé Faustino gerou o rei do
verso
O poeta Ivanildo Vila Nova
Que cantando até hoje deu
a prova
O maior cantador do
universo
Ninguém pode omitir o seu
sucesso
Pois cantando ele é ainda
quem mais cria
O seu verso contém
filosofia
Mesmo velho ele hoje ainda
apronta
Cada verso que eu faça e
uma ponta
Dos retalhos de nossa
poesia
Para mim foi Diniz o
maioral
Um poeta com dotes diferentes
Foi quem mais enfeitou os
seus repentes
Com as rimas e versos no
plural
Um poeta acima do normal
Que cantava com muita
garantia
Ao morrer não deixou
segunda via
Pois quem morre não volta
a prestar conta
Cada verso que eu faça e
uma ponta
Dos retalhos de nossa
poesia
Nenhum comentário:
Postar um comentário