A SÚPLICA DO SERTANEJO
ESCREVEU; DAVI CALISTO NETO
ANTÔNIO MARTINS-RN, 09/02/2013.
Quem ver o sertão de hoje
É de cortar coração
O rebanho dizimado
Morreu a vegetação
Os açudes não tem água
Só existe tristeza e mágoa
Só Deus tem a solução
Se não chover no sertão
Ninguém sabe avaliar
A nossa fauna se acaba
Desde a coruja ao prear
Ninguém luta por melhora
Até mesmo a nossa flora
Não terá como brotar
A caatinga vai queimar
E estorricar o angico
Até mesmo o pica-pau
Ele vai crescer o bico
Não estou fazendo média
Diante dessa tragédia
Eu aqui também não fico
O canto do tico-tico
Faz tempo que eu não ouço
O sertanejo sofrido
Sem ter mais água no poço
Com uma refeição só
Se Dilma não tiver dó
Não vai ter nem o almoço
Já afinei o pescoço
De lutar sem solução
Esperando o governo
Tomar uma decisão
Está faltando remessa
Eu esperando a promessa
Do Chico a transposição
Esse pedaço de chão
Parece está condenado
Deus olhando lá de cima
Só está vendo pecado
Quero que Deus me socorra
Não é Sodoma e Gomorra
Não quero morrer queimado
Até hoje fiquei calado
Mas resolvi reclamar
Só nordestino passivo
Nasci para trabalhar
Sem ter água e sem ter pão
Por esta justa razão
Eu resolvi protestar
Será que alguém vai
lembrar
Que eu sou um produtor
Que com a força dos meus
braços
Eu alimento o Doutor
Eu clamo por caridade
Você que é autoridade
Não despreze o agricultor
Vou lembrar ao seu Doutor
Que vive bem na cidade
Se o sertão não existisse
Sem ter produtividade
Acabava-se o seu lazer
O doutor ia morrer
Por falta de humanidade
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