DELEGADO NÃO PRENDA O VIOLÃO/DO BOÊMIO QUE CANTA APAIXONADO:
ESCREVEU; DAVI CALISTO NETO.
Ao perder seu amor que me
conforta
Eu saí pra busca o que me
resta
Para ela eu fiz uma
seresta
E cantei uma canção na sua
porta
Por estar com a esperança
quase morta
Mesmo assim esperava um
resultado
Mais uma vez fui por ela
desprezado
Que de mim nunca teve
compaixão
Delegado não prenda o
violão
Do boêmio que canta
apaixonado
Eu saí pelas ruas
solitário
Pra rever um amor que foi
perdido
E por eu me encontrar
desiludido
Procurei não fazer nada ao
contrário
Eu de fato não sou um ordinário
Mais por ela jamais fui
perdoado
Sem ter crime tornei-me um
condenado
E fiquei entre as grades
da prisão
Delegado não prenda o
violão
Do boêmio que canta
apaixonado
Quando a lua surgiu eu me
inspirei
Com seu brilho e também
com sua cor
Na calçada eu cantei pra
meu amor
Nessa noite tristonha eu
chorei
E diante de tudo que eu
passei
Nem se quer fui por ela
cortejado
Eu que fui seu primeiro
namorado
Esperava obter o seu
perdão
Delegado não prenda o
violão
Do boêmio que canta
apaixonado
Entre nós existia um
instrumento
Causador dessa minha
desventura
Violão que faz parte da
cultura
E também consolou meu
sofrimento
Foi a ele que eu fiz um
juramento
De jamais me tornar um
derrotado
O amor que eu perdi foi
superado
Eu não quis comentar essa
cisão
Delegado não prenda o
violão
Do boêmio que canta
apaixonado
Seus acordes me trazem alegria
Ele é meu eterno companheiro
E sem ele eu não sou um seresteiro
Que hoje troco a noite pelo dia
Sou parceiro de sua melodia
De um amor que eu fui subjugado
Ele é quem me tem acompanhado
Me ajudando esquecer essa paixão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado
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