MOTE: IVANILDO VILA NOVA E RAIMUNDO CAETANO:
A LUA ASSISTE SORRINDO/AS CENAS DA MADRUGADA
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.
O marginal pra roubar
Usa a noite como escudo
Pensando que esconde tudo
Sem ver a lua brilhar
Ela no céu a vagar
Faz a sua caminhada
Jamais será perturbada
Ela fica se exibindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
Na cama do hospital
Um doente se afadiga
No bar começa uma briga
Do bêbado sem capital
A fim de fazer o mal
Ele fere o camarada
Que mesmo com a furada
Ele fica discutindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
O boêmio sem ter rumo
Sai andando pela rua
Vigiado pela lua
Da bebida faz consumo
Entre o álcool e o fumo
Ele faz sua jornada
Com sua meta alcançada
Ele está se divertindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
O vigia sonolento
Escorado na marquise
Ao cometer um deslize
Demonstra seu sofrimento
Deixa de ter argumento
Pela sua vacilada
Se ele sentar na calçada
Termina a noite dormindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
O criminoso na sela
Medita o crime que fez
Esperando a sua vez
Que sua defesa revela
O crime deixa sequela
Que não será apagada
Depois da sentença dada
Ele fica se punindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
Nas ruas e avenidas
A prostituta extravasa
Sem querer voltar pra casa
Suas dores são divididas
Tenta esconder as feridas
Pelo pecado marcada
Chora triste angustiada
No vício se consumindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
Um Ébrio perambulando
Sem saber o rumo certo
E a noite como um deserto
Só a lua clareando
Lá de cima ela filmando
Ele aumentar a passada
Procurando a sua amada
Que estava lhe traindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
Na rua um homem estendido
Com seu corpo perfurado
O seu sangue derramado
Pela sarjeta escorrido
Cenas de um acontecido
De uma morte provocada
Mais uma vida ceifada
Que ali estava se indo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada
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