domingo, 19 de novembro de 2017

                                                    MOTE; RONALDO CUNHA LIMA
                     DELEGADO NÃO PRENDA O VIOLÃO/DO BOÊMIO QUE CANTA                                                                                             APAIXONADO:
                                                   ESCREVEU; DAVI CALISTO NETO.

Ao perder seu amor que me conforta
Eu saí pra busca o que me resta
Para ela eu fiz uma seresta
E cantei uma canção na sua porta
Por estar com a esperança quase morta
Mesmo assim esperava um resultado
Mais uma vez fui por ela desprezado
Que de mim nunca teve compaixão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

Eu saí pelas ruas solitário
Pra rever um amor que foi perdido
E por eu me encontrar desiludido
Procurei não fazer nada ao contrário
Eu de fato não sou um ordinário
Mais por ela jamais fui perdoado
Sem ter crime tornei-me um condenado
E fiquei entre as grades da prisão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

Quando a lua surgiu eu me inspirei
Com seu brilho e também com sua cor
Na calçada eu cantei pra meu amor
Nessa noite tristonha eu chorei
E diante de tudo que eu passei
Nem se quer fui por ela cortejado
Eu que fui seu primeiro namorado
Esperava obter o seu perdão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado 

Entre nós existia um instrumento
Causador dessa minha desventura
Violão que faz parte da cultura
E também consolou meu sofrimento
Foi a ele que eu fiz um juramento
De jamais me tornar um derrotado
O amor que eu perdi foi superado
Eu não quis comentar essa cisão
Delegado não prenda o violão
Do boêmio que canta apaixonado

Seus acordes me trazem alegria 
Ele é meu eterno companheiro 
E sem ele eu não sou um seresteiro
Que hoje troco a noite pelo dia 
Sou parceiro de sua melodia 
De um amor que eu fui subjugado 
Ele é quem me tem acompanhado
Me ajudando esquecer essa paixão 
Delegado não prenda o violão 
Do boêmio que canta apaixonado  




                 


                   MOTE: CANTADOR CANTE MOSTRANDO/ O QUE NUNCA FOI CANTADO
                                                      ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.


As pirâmides do Egito
Cante delas a magia
O farol de Alexandria
Os astros do infinito
Cante da Síria o conflito
Com seu povo destroçado
Sem punição pra o culpado
Com sua gente emigrando
Cantador cante mostrando
O que nunca foi cantado

Cante os nossos políticos
Com a falta de dê couro
E o Juiz Sérgio mouro
Com julgamentos analíticos
Os seus pensamentos críticos
Por cada um interrogado
Quem está sendo julgado
É quem está delatando
Cantador cante mostrando
O que nunca foi cantado

Cante a seca do sertão
Cinco anos sem chover
E o pobre a padecer
Sem ver a transposição
Cante a corrupção
Pelo político safado
Os corruptos do Senado
Que estão se locompretando
Cantador cante mostrando
O que nunca foi cantado

Cante o Brasil de Cabral
Onde a violência impera
Que seu povo ainda espera
Que ele seja liberal
Seu regime Imperial
Ainda está implantado
O seu povo alienado
Sem governo no comando
Cantador cante mostrando
O que nunca foi cantado

Cante o nosso Presidente
Que é um ladrão de fato
Julgado no lava jato
Dizendo que é inocente
Seu Ministro conivente
Sem nem se quer ser julgado
Senador e Deputado
Cada um colaborando
Cantador cante mostrando
O que nunca foi cantado

Cante a nossa independência
Que está ameaçada
A Pátria sem ser amada
Está pedindo clemência
O Brasil já foi potência
Mas de tanto ser furtado
Hoje se encontra rebaixado
É isso que eu estou notando
Cantador cante mostrando
O que nunca foi cantado

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

                             MOTE: IVANILDO VILA NOVA E RAIMUNDO CAETANO:
                            A LUA ASSISTE SORRINDO/AS CENAS DA MADRUGADA
                                               ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.

O marginal pra roubar  
Usa a noite como escudo
Pensando que esconde tudo
Sem ver a lua brilhar
Ela no céu a vagar
Faz a sua caminhada
Jamais será perturbada
Ela fica se exibindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada

Na cama do hospital
Um doente se afadiga
No bar começa uma briga
Do bêbado sem capital
A fim de fazer o mal
Ele fere o camarada
Que mesmo com a furada
Ele fica discutindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada

O boêmio sem ter rumo
Sai andando pela rua
Vigiado pela lua
Da bebida faz consumo
Entre o álcool e o fumo
Ele faz sua jornada
Com sua meta alcançada
Ele está se divertindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada

O vigia sonolento
Escorado na marquise
Ao cometer um deslize
Demonstra seu sofrimento
Deixa de ter argumento
Pela sua vacilada
Se ele sentar na calçada
Termina a noite dormindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada

O criminoso na sela
Medita o crime que fez
Esperando a sua vez
Que sua defesa revela
O crime deixa sequela
Que não será apagada
Depois da sentença dada
Ele fica se punindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada

Nas ruas e avenidas
A prostituta extravasa
Sem querer voltar pra casa
Suas dores são divididas
Tenta esconder as feridas
Pelo pecado marcada 
Chora triste angustiada
No vício se consumindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada

Um Ébrio perambulando
Sem saber o rumo certo
E a noite como um deserto
Só a lua clareando
Lá de cima ela filmando
Ele aumentar a passada
Procurando a sua amada
Que estava lhe traindo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada

Na rua um homem estendido
Com seu corpo perfurado
O seu sangue derramado
Pela sarjeta escorrido
Cenas de um acontecido
De uma morte provocada
Mais uma vida ceifada
Que ali estava se indo
A lua assiste sorrindo
As cenas da madrugada