MOTE DE AUTORIA DE
GILDAZIO CARREIRO
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO
A chuva é quem trás
mudança
No comportamento animal
Também muda o vegetal
Deixando verde a ervansa
Ativa a nossa lembrança
Nos trás a recordação
Faz chorar o ancião
Lembrando-se do seu amor
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
Na copa do cajueiro
O sabiá gorjeando
Vê-se um bezerro pastando
Andando lá no terreiro
Lá dentro do tabuleiro
Um touro escava o chão
Dentro o riacho o carão
Solta sua voz de tenor
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
O sapo lá na lagoa
Com sua música orquestrada
Começa de madrugada
Que o som da voz entoa
Seu corpo é como uma canoa
Mudando de direção
Não pratica natação
Cristo é o seu professor
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
Quando a terra está
molhada
Tem um cheiro especial
E dentro do matagal
Cachoeira faz zoada
A folhagem na chapada
Cobrindo a vegetação
Sertanejo engrossa a mão
Por ser um agricultor
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
A chuva que cai do céu
Faz grande transformação
Cobrindo a cara do chão
Com se fosse um véu
Para a terra é um troféu
Na sua competição
Entre o inverno e o verão
O inverno é vencedor
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
A chuva é a esperança
Do meu sertão nordestino
O adulto vira menino
E o tempo faz a cobrança
Nos transporta a ser
criança
Na nossa imaginação
E essa transformação
Não tem quem saiba o valor
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
A serra solta fumaça
Como estivesse fumando
E nuvem branca passando
Como quem a serra abraça
O trovão que ameaça
Pela sua explosão
Chega estremecer o chão
E ao homem causa temor
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
Depois de está ressequida
A caatinga enverdece
É isso que acontece
Na minha terra sofrida
Com a chuva distribuída
Tem aumento a produção
Deixa contente o patrão
E o homem trabalhador
A água incolor dar cor
Ao chão sem cor do sertão
PARABÉNS POETA! GRANDE TRABALHO!
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