Mote: Luzenir Fernandes
Escreveu: Davi Calisto.
O sertanejo sem vez
Numa luta desigual
Vivendo sem capital
Sendo do rico freguês
Pois o homem camponês
Vive na submissão
Visto só em eleição
Quando ele está votando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
O sertão discriminado
Sofrendo danos e percas
Castigado pelas secas
Com o seu povo humilhado
Sem político do seu lado
Pra fazer intervenção
Vivendo sem opção
Do que está se passando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
O grito do sertanejo
Pedindo até por clemência
Que tenha mais assistência
Até hoje isso eu não vejo
Esse é o meu desejo
De ajudar meu irmão
Vamos dividir o pão
De quem o pão está nos dando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
Muita coisa já mudou
Isso vejo com clareza
Mas falta o pão na mesa
De quem tanto trabalhou
Revoltado hoje eu sou
Com essa descriminação
Pra que tanta divisão
Com quem está trabalhando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
Fica aqui o meu protesto
Para os nossos dirigentes
Por se acharem diferentes
Sem fazer parte do resto
É isso que eu contesto
Com muita indignação
Só fazem corrupção
Isso eu venho observando
Ouço o silêncio gritando
Nas quebradas do sertão
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