Muitas fotos expostas na
parede
Relembrando um passado de
alegria
E a foto mais velha eu
sabia
Da história contar o seu
enredo
O meu tio chamado de
Alfredo
Que a mim ele tinha
atenção
A tristeza invadiu meu
coração
Relembrei desse tio a
mocidade
Reconheço o retrato da
saudade
Na parede da minha solidão
Quantos rostos ali tinham
estampados
Muitos deles já tinham
falecido
E o som da saudade em meu
ouvido
Me falava de dias já
passados
Muitos sonhos sem ser
realizados
Que o tempo mostrava essa
razão
Muitos jovens e também um
ancião
Que outrora ainda tinha
liberdade
Reconheço o retrato da
saudade
Na parede da minha solidão
A parede ali acinzentada
Testemunha de muitas
fantasias
Ninguém sabe somar a
quantos dias
Cada foto que estava ali
pregada
Algumas delas já estava
rasgada
Que o tempo perverso em
sua ação
Fez com que só restasse
solidão
De um passado de pura
vaidade
Reconheço o retrato da
saudade
Na parede da minha solidão
Ao erguer os meus olhos
para cima
Eu fitei com saudade
aquela imagem
Seu semblante passava uma
mensagem
Desse homem que eu tinha
grande estima
Do seu lado estava minha
prima
Que a mim me deixou
recordação
Meu avô sustentava a sua
mão
Como gesto de amor e
caridade
Reconheço o retrato da
saudade
Na parede da minha solidão
A parede servindo de
painel
Para expor as lembranças
do passado
Cada rosto ali era
lembrado
Como fosse a conquista de
um troféu
Como a vida parece um
carrossel
Que a gente não tem muita
opção
Uma hora em cima outra no
chão
Demonstrando da vida essa
verdade
Reconheço o retrato da
saudade
Na parede da minha solidão
Mote: José Fonseca de
Queiroz
Escreveu: Davi Calisto
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