VERSOS EM SETE LINHAS, FALANDO SOBRE A EXTINÇÃO DO
ALGODÃO NO SERTÃO NORDESTINO.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.
Antigamente o sertão
De tudo tinha fartura
Tinha algodão pra vender
Tinha cana pra rapadura
Não chove mais no sertão
Esta é a constatação
Da atual conjuntura
Hoje só se ver amargura
Desse homem nordestino
Não se produz algodão
Por um viés do destino
O sertão ficou sisudo
Com a chegada do bicudo
Esse besouro assassino
Passou a ser beduíno
Esse homem do sertão
Recebendo do Governo
Uma pequena prestação
Sem chover para plantar
Precisando mendigar
Para ter direito ao pão
No tempo do algodão
O homem era pioneiro
Não precisava de esmolas
Para ter o seu dinheiro
Vivia de seu trabalho
Sem precisar quebra galho
Fosse casado ou solteiro
Agricultor companheiro
Não vamos ter desenganos
Vamos esperar que o
inverno
Não passe mais de dez anos
Que é para chover de novo
Só assim o nosso povo
Possam controlar seus
planos
Virou deserto Africano
A minha terra o sertão
O rebanho dizimado
Sem ninguém ver solução
Sem ter muito o que fazer
Só resta o homem sofrer
Com essa situação
Não se tem mais algodão
Para o dinheiro da feira
O povo desocupado
Estão fazendo fileira
Agricultor sem cobiça
Alimentando a preguiça
Na sua família inteira
O jargão de companheiro
Criado pelo o PT
Fez com que o sertanejo
Não quisesse mais crescer
Com isso o homem se isola
Esperando uma esmola
Pra poder sobreviver
Nenhum comentário:
Postar um comentário