VERSOS EM SETE LINHAS, DESCREVENDO OS COSTUMES DO
HOMEM DO SERTÃO.
ESCREVEU; DAVI CALISTO NETO.
Sou caboclo sertanejo
De paladar diferente
Minha bebida preferida
É somente a aguardente
Dispenso o que é granfino
Por eu seu um nordestino
De caráter permanente
Eu sempre estou presente
Em forró e vaquejada
Meu cardápio em sem
frescura
Mugunzá e carne assada
Trabalho durante o dia
Minha festa é cantoria
Debaixo de uma latada
O meu iogurte é coalhada
Minha Pizza é tapioca
A minha arma de fogo
Uma espingarda soca-soca
Não gosto de confusão
E a minha satisfação
É colher milho na broca
Depois fazer a pipoca
E me sentar pelo o chão
Com dez filhos ao meu
redor
Seguindo uma tradição
Assim como fez meu pai
Crescei e multiplicai
Sem nunca ter ambição
Buscar na religião
Uma meta a ser seguida
Não pensar que no dinheiro
Tudo se encontra a saída
Ter Deus como companhia
Só ele é quem gera e cria
Por ser o dono da vida
Nessa terra preferida
Eu me sinto como um rei
Aqui nasci e cresci
Depois homem mim tornei
Por meu pai fui educado
E o mundo globalizado
De nada eu me desfrutei
Se tem vantagens eu não
sei
Mas aqui está mudado
O sertão onde eu nasci
Hoje se encontra
transformado
Tudo é um grande mister
O homem quer ser mulher
Isso eu acho complicado
Hoje o mundo está virado
Com os papéis invertidos
A mulher que ser o homem
Os homens não são maridos
As famílias destruídas
As tradições esquecidas
E os jovens prostituídos
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