sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"MOTE: O PASSADO PRA MIM É TÃO PRESENTE/QUE PARECE QUE EU VIVO NO PASSADO"

MOTE EM DECASSÍLABOS: MEU PASSADO PRA MIM É TÃO PRESENTE/QUE PARECE QUE EU VIVO NO PASSADO.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

Nasci pobre por ser filho de roceiro
Sofri muito por não ter condições
Da infância não tenho recordações
Juventude passou muito ligeiro
Hoje em dia eu vivo sem dinheiro
Não tenho crédito por ser desempregado
O meu sonho de consumo é abortado
Meu poder de comprar está ausente
Meu passado pra mim é tão presente
Que parece que eu vivo no passado

Hoje em dia eu vivo sem lazer
Por levar minha vida trabalhando
Quando jovem eu estava recordando
O que pai me pedia pra eu fazer
Muito novo eu tive que aprender
Trabalhar pra dar conta do recado
Os meus sonhos de jovem foi podado
Nunca soube o que é ser adolescente
Meu passado pra mim é tão presente
Que parece que eu vivo no passado

Mesmo tendo uma vida atarefada
Eu recordo esse tempo que passou
No presente eu me vejo como estou
A matéria bastante desgastada
A velhice em mim já fez morada
E com isso eu me sinto perturbado
No passado eu fui recompensado
Por levar uma vida mais contente
Meu passado pra mim é tão presente
Que parece que eu vivo no passado

No presente eu me sinto um prisioneiro
Mesmo sem eu ser nenhum um vilão
No passado foram os cabras de Lampião
No presente é por mais de um pistoleiro
Quando mata ninguém sabe o roteiro
Quem ficou é preciso está calado
Quem é bom hoje em dia está trancado
Só o Cárcere o fará um ser vivente
Meu passado pra mim é tão presente
Que parece que eu vivo no passado

Para mim tem que haver humanidade
Só assim terminava tudo isto
No passado também mataram Cristo
Hoje em dia ninguém tem liberdade
E diante de tanta impunidade
Nossos jovens estão sendo sepultado
O futuro não está sendo alcançado
Por não mais existir sobrevivente
Meu passado pra mim é tão presente
Que parece que eu vivo no passado

Tudo isso que hoje eu estou vivendo
É reflexo do que eu já passei
Até hoje ninguém mudou a lei
Pra punir o que está acontecendo
O passado e presente estão sofrendo
Pelo um mundo que está globalizado
O futuro está sendo atropelado
Pelos fatos que surgem de repente
Meu passado pra mim é tão presente
Que parece que eu vivo no passado

No passado onde tudo aconteceu
Esses fatos o presente nos relata
Eu vivi o regime da chibata
Que o PT hoje em dia reviveu
Com seu líder chamado Zé Dirceu
Que deixou o País acocorado
E depois que o povo foi furtado
Ele ainda posou de inocente
Meu passado pra mim é tão presente
Que parece que eu vivo no passado











domingo, 17 de novembro de 2013

"A MÁFIA DO MENSALÃO"


                                                       A MÁFIA DO MENSALÃO.
                                                ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

Eu fiquei se entender
O que vi na televisão
Alguns membros do PT
Presos por corrupção
Vibrando de punhos fechados
Por ter roubado a Nação

Os membros do mensalão
Fizeram toda manobra
Para escapar da justiça
Alguns foram até embora
Mas hoje está diferente
Tem uma justiça que cobra

Onde a injustiça mora
Predomina a incerteza
O Supremo tribunal
Fez um ato de grandeza
Demonstrando que a justiça
Não só condena a pobreza

A Nação está surpresa
Pelo o fato acontecido
Um político na cadeia
Pelo o erro cometido
O Supremo Tribunal
Pelo povo é aplaudido

O PT como partido
Tem que dar explicação
Por que dentro dos seus quadros
Houve essa subversão
Por que Lula não sabia
De toda essa transação

Mesmo com comprovação
Eles se dizem inocentes
Foi criado no Supremo
Os embargues infringentes
Pra proteger os ladrões
Com todos os seus componentes

Os partidos coniventes
Na proteção de seus pares
A nossa sociedade
Sem governantes exemplares
Deixando um Brasil corrupto
Pra nossos familiares

Muitas centenas e milhares
Que já foram vitimados
Pelo desvio de verbas
Recursos mal aplicados
Saúde e Educação
Os dois mais prejudicados

Os eleitores comprados
Pelos políticos corruptos
Que de posse do dinheiro
Se mantem absolutos
Com a subserviência
De analfabetos e matutos

Antes de serem adultos
São obrigados a voltar
Sem ter direito a escolha
De quem vai lhe governar
Por receber uma esmola
Da bolsa familiar

Aqui pretendo parar
Por não me sentir capaz
Eu não quero condenar
Esses planos sociais
Só que quem está recebendo
Não produziu nunca mais

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"MOTE: A FLOR BRANCA DA JUREMA/É QUEM PERFUMA O SERTÃO"



ESSES VERSOS AQUI SÃO PARA OS SERTANEJOS, QUE OBSERVAM A NATURUEZA.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.

 Quando é nas primeiras chuvas
A caatinga muda o terno
Com a chegada do inverno
Se animam até as saúvas
As folhagens como luvas
Vestindo a vegetação
A água no ribeirão
Da seca termina o lema
A flor branca da jurema
É quem perfuma o sertão

Uma nuvem no nascente
Ofuscando a luz do sol
O canto do rouxinol
Deixa o roceiro contente
Seu trabalho permanente
Fazendo o ninho no oitão
Garantindo a geração
Sem mudar o seu sistema
A flor branca da jurema
É quem perfuma o sertão

Como um tapete a babugem
Nasce levantando a terra
Enquanto a névoa na serra
Da pedra encobre a ferrugem
Toda bezerrada mugem
O touro escava o chão
E um cavalo alazão
Pra correr não tem problema
A flor branca da jurema
É quem perfuma o sertão

Um sapo lá na represa
Com suas pernas estendidas
E as piabas divertidas
Nanando na correnteza
O arrulho da burguesa
Nos faz sentir emoção
A essa transformação  
Não se usa estratagema
A flor branca da jurema
É quem perfuma o sertão

Na copa de um arvoredo
Um sabiá gorjeando
E um mocó se esquentando
Lá em cima do lajedo
O sertanejo sem medo
Faz a sua plantação
Diante a sua visão
O sertão vira um cinema
A flor branca da jurema
É quem perfuma o sertão

Toda passarada canta
Como se fosse orquestrada
Às quatro da madrugada
O sertanejo levanta
A mulher como uma santa
Faz a sua oração
A Deus pede a proteção
Com fé em cada fonema
A flor branca da jurema
É quem perfuma o sertão

 



domingo, 10 de novembro de 2013

"O HOMEM É UMA CENTELHA JOGADA NO UNIVERSO"

VERSOS EM SEXTILHAS, DESCREVENDO O TEMA: O QUE O HOMEM REPRESENTA PARA O UNIVERSO.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

Sou igualmente uma centelha
Jogada no universo
Num turbilhão de estrelas
Onde eu estou submerso
Sem ter como ressurgir
Para me tornar sucesso

A vida é um retrocesso
Com idas e vindas infindas
Tem momentos de tristezas
E outras aventuras lindas
E o ser humano iludido
Com essas idas e vindas

Aqui na terra se brinda
Quando se tem uma vitória
Esquecemo-nos os percalços
Na volúpia de uma glória
Com os trapos e farrapos
Que vestiram a nossa história

O que fica na memória
É lembrança enaltecida
Como se fosse os vasculhos
Que o tempo varreu da vida
Como o lixo decomposto
Numa lixeira esquecida

A matéria apodrecida
Retrata a nossa fraqueza
Os vermes são responsáveis
Por devorar a beleza
E os sonhos são destruídos
Diante da incerteza

O espírito tem grandeza
Vai pra outro patamar
A matéria é consumida
E ao pó retornará
E as nossas iniquidades
Deus é quem pode julgar

Ninguém pode se exaltar
Como ser superior
Aqui na terra nós somos
A criação do Senhor
Depois da morte a matéria
Perde todo seu valor

Pra cultivar o amor
Deus fez Eva e fez Adão
Mas a fraqueza da carne
Diante da tentação
Fez com que o homem pecasse
Pra sua condenação

Nessa minha intervenção
Com versos improvisados
Eu cheguei à conclusão
Que os humanos são culpados
Pelos erros cometidos
Todos devem ser julgados

Alguns serão perdoados
Por terem se arrependidos
Na presença do Senhor
Haverão de ser ouvidos
Quem não obter perdão
Serão por Deus excluídos









quinta-feira, 7 de novembro de 2013

"MOTE EM SETISSÍLABAS, DESCREVENDO O MOTE: SE A CIDADE FOSSE BOA/NÃO EXISTIA SERTÃO"




VERSOS EM SETISSÍLABAS, DESCREVENDO O MOTE: SE A CIDADE FOSSE BOA/NÃO EXISTIA SERTÃO.
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

Só tem concreto e cimento
Nessas grandes capitais
As pessoas são rivais
E de pouco sentimento
Ninguém olha o sofrimento
Do próximo e nem do irmão
Em busca de posição
De medalha ou de coroa
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão

Uma grande correria
Com pessoas estressadas
As avenidas lotadas
A ninguém se dar bom dia
Ninguém em ninguém confia
Ninguém se fala de mão
Eu não sei por que razão
Ninguém ao outro perdoa 
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão

Mesmo morando em choupana
No sertão me sinto bem
No meu rancho sempre tem
Uma garrafa de cana
Quando é no fim de semana
Pescar é a diversão
O meu almoço é pirão
Com peixe lá da lagoa
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão

Na casa humilde onde eu moro
De lado não tem rival
Vem gente da capital
E recebê-los eu adoro
A Deus do céu eu imploro
Para me dar condição
Arma a rede no oitão
Olhando a minha canoa
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão

A cidade tem de tudo
Isso eu posso admitir
Mas na hora de sorrir
O povo lá é sisudo
Vive pensando em estudo
Num mundo de evolução
Essa globalização
Tem esquecido a pessoa
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão

No sertão tem mais sossego
Por ter menos marginal
Enquanto na capital
Pra viver precisa emprego
A ninguém se pede arrego
Na hora da aflição
Impera a desunião
Não se respeita a patroa
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão

Ninguém conhece ninguém
O povo anda apressado
Sempre olhando de lado
Pensando que vem alguém
O sertão ainda tem
Um povo sem ambição
Mesmo sem ter condição
Seu caráter não leiloa
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão

Nesse mar de incerteza
A cidade é inserida
E a qualidade vida
Já deixou de ter beleza
A sociedade indefesa
Pela marginalização
Vivendo sem opção
Mesmo quem está na proa
Se a cidade fosse boa
Não existia sertão