domingo, 18 de outubro de 2015

"MOTE: IVANILDO VILA NOVA/O NOSSO REI DO REPENTE"

                           MOTE: IVANILDO VILA NOVA/ O NOSSO REI DO REPENTE
                                                     ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO

Um talento indiscutível
Um poeta sem igual
Um gênio fenomenal
Um cantador combatível
Versando ele é incrível
Tem tudo na sua mente
Canta passado e presente
Cada dia se renova 
Ivanildo Vila Nova,
O nosso Rei do Repente.

Sempre ele foi criticado
Pelo o seu jeito de ser
Quem tentou lhe combater
Por ele foi derrotado
Um poeta preparado
Combateu tudo de frente
Sempre agiu naturalmente
A sua história comprova
Ivanildo Vila Nova
O nosso Rei do repente

Nunca foi um aprendiz
Já começou veterano
Poeta Pernambucano
Sempre respeitou Diniz
Caetano foi feliz
Quando o encontrou finalmente
Esse parceiro potente
Que Raimundo mesmo aprova
Ivanildo Vila Nova
O nosso Rei do repente

Foi devido ao seu talento
Que cresceu a poesia
Com a sua maestria
E o seu conhecimento
Ele foi um instrumento
Para fazer diferente
Hoje é um remanescente
Que o jovem não reprova
Ivanildo Vila Nova
O nosso Rei do repente

Não parece estar no fim
Esse nosso titular
Um poeta exemplar
Para você e pra mim
Ele sempre foi assim
Sem se mostrar ser carente
De postura permanente
Só a idade o estorva
Ivanildo Vila Nova
O nosso Rei do repente

Atingiu as suas metas
Mesmo diante dos fatos
Reconheceu os Nonatos
Como dois grandes poetas
Suas ações são completas
Por ele ser pertinente
Seu status de presidente
Só se termina na cova
Ivanildo Vila Nova
O nosso Rei do repente
 

domingo, 4 de outubro de 2015

"FATOS DE MINHA ADOLESCÊNCIA"

FATOS DE MINHA ADOLESCÊNCIA
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO.


Puxando cobra pra os pés
Eu fiz isso quando moço
De olho no passadiço
Eu estirava o pescoço
Pra ver minha mãe que vinha
Pra nos trazer o almoço

Seja limpando ou no roço
Meu pai é quem ensinava
Quando eu cortava uma planta
De repente eu enterrava
E eu para disfarçar
No cabo me escorava

Quando meu pai perguntava
Parece que está cansado?
Eu lhe respondia assim
Apenas estou enfadado
Sem como justificar
O meu ato praticado

O pé de milho cortado
Ficava em cima da cova
Para o meu pai não ver
Tinha que esconder a prova
Mas isso só acontecia
Quando a plana estava nova

Ali eu me acocorava
Fazendo a simulação
Que estava chegando terra
No pé do milho ou feijão
E meu pai passava sem ver
Essa minha encenação

E a cova do algodão
Que nesse tempo inda tinha
Bem no meio da carreira
Como se fosse uma linha
Separando de papai
Sua carreira da minha

Quando era de tardezinha
Eu sem querer trabalhar
Pensando no futebol
Que a gente ia jogar
Pedia pra minha irmã
Que ela fosse me chamar

Ela começava a gritar
Pelo o meu nome chamando
Eu parava a minha enxada
E ficava observando
Esperando que meu pai
Me desse o último comando

Inda hoje fico lembrando
O que meu pai me dizia
Termine só a carreira
Der por encerrado o dia
E eu terminava contente
Pisando na terra fria

Resta a melancolia
De um tempo que passou
Onde o pai tinha comando
Pelo filho que gerou
E o filho tinha respeito
Pelo o pai que lhe criou

Por isso hoje eu estou
Recordando essas passagens
Deixando para meus filhos
Meus versos como mensagens
Percorrendo a minha estrada
Deixo uma história gravada
Sem revelar as imagens